Nos tempos do ensino médio, o primeiro amor.
Mergulhado nas recordações do passado
Lembrei com zelo dos lugares onde outrora
Ficávamos por tanto tempo lado a lado
Como se o mesmo tempo jamais fosse embora.
Veio à mente a escola, a sala de aulas, a carteira
E aquele portal onde gostavas de ficar.
No banco da praça ouvia-te alvissareira;
As festas que íamos, eu não sabia dançar.
O tempo se passou, e agora, no presente
Procurar-te em tais lugares é algo vão
Tu não estás onde estavas antigamente.
Restou-me ainda uma única locação
Na qual encontrar-te é coisa tão permanente
Que te apoderas dele todo: o coração.
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